A foto distribuída pela Força Aérea Norte-Americana mostra o interior do Reach 871, um C17 do exército americano que voou de Cabul para o Qatar a 15 de agosto de 2021.
Nele seguiram cerca de 640 afegãos que foram evacuados em segurança da capital afegã, no final do domingo, de acordo com a Defesa dos EUA.
Depois da tomada da capital no domingo pelos talibãs, dezenas de milhares de pessoas tentaram fugir do Afeganistão para escapar à dura governação dura esperada pelos islâmicos, ou temendo uma retaliação direta por estarem do lado do governo apoiado pelos EUA que governou nas últimas duas décadas.
Os voos de evacuação do aeroporto de Cabul retomaram na terça-feira após o caos do dia anterior, em que enormes multidões se aglomeraram na pista, com algumas pessoas tão desesperadas que se agarraram ao exterior de um avião militar norte-americano enquanto este se preparava para descolar.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001.
A tomada da capital põe fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos aliados na NATO. Face à brutalidade e interpretação radical do Islão que marcou o anterior regime, os talibãs têm assegurado aos afegãos que a “vida, propriedade e honra” vão ser respeitadas e que as mulheres poderão estudar e trabalhar.