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No Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, comemorado nesta quarta-feira (19), o Município de São José apresenta um balanço positivo no combate à doença. Com 253 mil habitantes, São José está em dia com o Ministério da Saúde, que demonstra o controle da sífilis congênita: 2017 (37 casos); 2018 (40 casos); 2017 (37 casos); 2019 (23 casos); 2020 (11 casos); 2021 (6 casos) e 2022 (14 casos).
A radiografia da doença no Município reflete o trabalho realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que oferecem o teste rápido, diagnóstico e tratamento adequado ao paciente positivado, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde. “Nesse caso, ele já realiza a aplicação do medicamento na unidade em que foi atendido”, afirma a diretora da Vigilância Epidemiológica Katheri Zamprogna.
SOBRE A DOENÇA
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável que apresenta manifestações clínicas em diferentes estágios:
Primária – inicia com uma pequena ferida, pode surgir no pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele. Não causa dor, coceira, pus ou ardência, é acompanhada por ínguas nas virilhas, pode desaparecer sozinha;
Secundária – surge entre seis e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Podem surgir manchas no corpo, planta das mãos e pés, geralmente não coçam. Estas manchas têm a presença de bactérias, entre os sintomas comuns, febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. As manchas desaparecem em algumas semanas, independente de tratamento;
Latente – a pessoa não apresenta sinais e o tempo de contágio varia;
Terciária – pode surgir de 1 a 40 anos após a infecção, aparecem lesões na pele, ossos, sistema cardiovascular, neurológico, podendo levar a morte;
Congênita – a transmissão ocorre da mãe para o feto, caso não seja tratada durante o pré-natal, pode trazer complicações à criança como a morte. O ideal é que a gestante teste no primeiro trimestre de gestação, na 28ª semana, no momento do parto ou aborto.
Para evitar o contágio, é necessário o uso de preservativo e no caso da sífilis congênita o acompanhamento das gestantes durante o pré-natal.
1ª EPIDEMIA DE DST
De acordo com os historiadores, um dos primeiros relatos da doença sexualmente transmitida (DST) foi datado em 1509 por um soldado alemão, chamado Ulrich von Hutten, que durante dez anos conviveu com furúnculos, na cor verde escura, cheiro forte, com sensação de queimação.
O jovem soldado e a Europa inteira, que mal havia se recuperado da peste bubônica, mal sabiam que passariam anos em agonia. A bactéria foi descoberta por cientistas no ano de 1905, mas o primeiro tratamento levou mais cinco anos para ser desenvolvido. Apenas em 1943, foi descoberta a penicilina, que levou a cura para os pacientes.
